Um dos aspectos mais marcantes da série é, sem dúvida, o estilo único dos personagens. O corte de cabelo dos Peaky Blinders, por exemplo, não é apenas uma escolha estética; ele reflete uma pesquisa cuidadosa sobre as tendências da época em Birmingham. A maquiadora da série, Loz Schiavo, e sua equipe analisaram inúmeras fotos para criar um visual autêntico que ressoasse com a audiência moderna.
Cillian Murphy, que dá vida ao icônico Thomas Shelby, mergulhou de cabeça em seu papel, chegando a fumar cerca de mil cigarros de ervas (sem agentes cancerígenos ou viciantes) em uma única temporada para trazer autenticidade ao personagem. E não é apenas o visual e o comportamento dos personagens que são meticulosamente elaborados; até mesmo os sotaques são trabalhados com precisão. Sam Neill, por exemplo, contratou Liam Neeson e Jason Nesbitt para aperfeiçoar seu sotaque norte-irlandês, garantindo que fosse compreensível para o público internacional.
A série também bebe da fonte dos faroestes americanos, com o criador Steven Knight admitindo que se inspirou no gênero para construir a imagem do "cowboy solitário" em Tommy Shelby, uma figura que representa a luta e a sobrevivência em um mundo hostil. Além disso, "Peaky Blinders" é enraizada na realidade, inspirada na verdadeira gangue criminosa que operava em Birmingham. Steven Knight, o criador da série, revelou que sua própria família fazia parte dos Peaky Blinders, e muitas das histórias contadas na série são baseadas nas memórias de seu pai. Isso adiciona uma camada de autenticidade e profundidade histórica à série, tornando-a ainda mais cativante.
Curiosidades como o fato de que os irmãos Michael Gray e John Shelby são interpretados por irmãos também na vida real, Finn Cole e Joe Cole, e que o lendário David Bowie era um grande fã da série, permitindo que suas músicas fossem usadas na trilha sonora, apenas aumentam o fascínio que "Peaky Blinders" exerce sobre seus fãs.
"Peaky Blinders" é um fenômeno cultural, influenciando moda, música e até mesmo o modo como vemos a história. Então, coloque seu melhor chapéu, acenda um cigarro e prepare-se para mergulhar no mundo dos Peaky Blinders. Porque, como dizem os Shelby, "By order of the Peaky Blinders", esta é uma série que você vai querer ver.
A trilha sonora de "Peaky Blinders" é uma verdadeira viagem no tempo, uma fusão perfeita de clássicos modernos e vintage que captura a essência da série. Desde a icônica "Red Right Hand" de Nick Cave & The Bad Seeds, que serve como tema de abertura, até as contribuições de artistas contemporâneos como PJ Harvey e Radiohead, a música é um personagem por si só, definindo o tom e a atmosfera de cada cena. A escolha das músicas não segue uma linha cronológica com a época em que a série é ambientada, o que é bastante incomum para produções de época. Em vez disso, "Peaky Blinders" opta por uma seleção que mistura rock, blues e outros gêneros que, embora modernos, complementam perfeitamente o clima da série. Essa abordagem dá à série uma sensação atemporal, onde a música não apenas define o período histórico, mas também ressoa com as emoções e a psique dos personagens.
Muitos fãs descobriram novas bandas e músicas através da série, ampliando seus horizontes musicais. Além disso, a música tem um papel crucial na construção da identidade dos Peaky Blinders, com cada faixa cuidadosamente selecionada para refletir os temas de poder, ambição e conflito interno.
Aqui estão algumas das faixas notáveis que se destacam na trilha sonora de "Peaky Blinders":
- "Red Right Hand" de Nick Cave & The Bad Seeds
- "The Mercy Seat" de Nick Cave & The Bad Seeds, que aparece em uma versão ao vivo na série
- "Love Is Blindness" de Jack White, uma versão cover que traz uma nova dimensão à música original do U2
- "You And Whose Army?" de Radiohead, que aparece na terceira temporada
- "The Hardest Button To Button" de The White Stripes, usada para ilustrar a complexidade do protagonista Tommy Shelby
- "You Want It Darker" de Leonard Cohen
- "Lazarus" - de David Bowie que era um fã declarado de Peaky Blinders e, em um gesto que demonstra a interconexão entre a música e a série, enviou uma prévia de seu último álbum, "Blackstar", ao criador da série, Steven Knight, pouco antes de falecer. Uma das faixas desse álbum, "Lazarus", foi habilmente incorporada à trilha sonora da terceira temporada, adicionando uma camada extra de profundidade emocional aos já carregados episódios da saga dos Shelby.
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