Aqui está uma lista de 30 filmes cult que abrangem uma variedade de gêneros e estilos cinematográficos. Alguns desses filmes são clássicos instantâneos, enquanto outros podem ser mais obscuros, mas todos eles têm um status especial na cultura cinematográfica:
"Eraserhead" (1977) - David Lynch
"El Topo" (1970) - Alejandro Jodorowsky
"Pink Flamingos" (1972) - John Waters
"Cidadão Kane" (1941) - Orson Welles
"A Clockwork Orange" (1971) - Stanley Kubrick
"Blade Runner" (1982) - Ridley Scott
"O Sétimo Selo" (1957) - Ingmar Bergman
"Donnie Darko" (2001) - Richard Kelly
"O Gabinete do Dr. Caligari" (1920) - Robert Wiene
"Mulholland Drive" (2001) - David Lynch
"Akira" (1988) - Katsuhiro Otomo
"Memento" (2000) - Christopher Nolan
"Trainspotting" (1996) - Danny Boyle
"The Rocky Horror Picture Show" (1975) - Jim Sharman
"Requiem for a Dream" (2000) - Darren Aronofsky
"The Big Lebowski" (1998) - Joel and Ethan Coen
"Rocky Horror Picture Show" (1975) - Jim Sharman
"Pulp Fiction" (1994) - Quentin Tarantino
"El laberinto del fauno" (2006) - Guillermo del Toro
"Brazil" (1985) - Terry Gilliam
"Fargo" (1996) - Joel and Ethan Coen
"2001: Uma Odisseia no Espaço" (1968) - Stanley Kubrick
"O Iluminado" (1980) - Stanley Kubrick
"Taxi Driver" (1976) - Martin Scorsese
"The Holy Mountain" (1973) - Alejandro Jodorowsky
"A Clockwork Orange" (1971) - Stanley Kubrick
"Metropolis" (1927) - Fritz Lang
"Crepúsculo dos Deuses" (1950) - Billy Wilder
"O Sétimo Selo" (1957) - Ingmar Bergman
"The Room" (2003) - Tommy Wiseau
"Eraserhead" (1977) - David Lynch
"Eraserhead", lançado em 1977, é um filme americano de terror psicológico surrealista escrito, dirigido, produzido e editado por David Lynch. O filme, que foi o primeiro longa-metragem de Lynch após vários curtas, é conhecido por sua atmosfera sombria e imagens perturbadoras. A história segue Henry Spencer, interpretado por Jack Nance, que se vê obrigado a cuidar de seu filho gravemente deformado em uma paisagem industrial desolada. "Eraserhead" foi produzido com a assistência do American Film Institute (AFI) durante o período de estudos de Lynch e enfrentou vários anos de produção devido a dificuldades financeiras. O filme é notável por seu design de som complexo e trilha sonora que inclui música de órgão de Fats Waller e a canção "In Heaven", escrita e interpretada por Peter Ivers com letras de Lynch. Após um lançamento inicial modesto, "Eraserhead" ganhou popularidade como um filme de meia-noite e, desde então, tem sido elogiado como um filme cult, selecionado pela Biblioteca do Congresso dos EUA para preservação no Registro Nacional de Filmes por ser "culturalmente, historicamente ou esteticamente significativo". Curiosamente, Stanley Kubrick fez o elenco de "The Shining" assistir "Eraserhead" para entrar no clima de filmar um filme de terror.
"El Topo" (1970) - Alejandro Jodorowsky
"El Topo", um filme mexicano de 1970 dirigido por Alejandro Jodorowsky, é uma obra que desafia categorizações simples. Este filme, frequentemente descrito como um "western ácido", é notável por seus personagens bizarros, o uso de atores com deficiências físicas e uma profusão de simbolismo judaico-cristão e filosofia oriental. A narrativa segue El Topo, interpretado pelo próprio Jodorowsky, em sua busca por iluminação e verdade, enfrentando quatro mestres pistoleiros que representam diferentes religiões ou filosofias. Cada confronto com os mestres é uma mistura de aprendizado e violência, culminando em uma jornada que é tanto física quanto espiritual. O filme, que foi um sucesso no circuito underground de Nova York em 1970, é uma colisão fascinante do teatro de vanguarda dos anos 60, simbolismo latino-americano, cinema radical europeu e os extremos do western cinematográfico.
"Pink Flamingos" (1972) - John Waters
"Pink Flamingos" é um filme de 1972 que se destaca no cinema underground por sua abordagem audaciosa e provocativa. Dirigido por John Waters, o filme narra a história de Divine, interpretada pelo ator de mesmo nome, que junto com sua família excêntrica, luta para manter o título de "pessoas mais imundas do mundo" contra os desafiantes Connie e Raymond Marble. Com uma mistura de comédia e terror, "Pink Flamingos" explora temas de competição e excentricidade de maneira única, empurrando os limites do que é considerado aceitável no cinema. O filme é notório por suas cenas chocantes e pelo estilo de atuação extravagante, que contribuíram para sua reputação cult ao longo dos anos. Apesar das críticas mistas e da controvérsia que o rodeia, "Pink Flamingos" continua a ser uma peça significativa do cinema de vanguarda, influenciando cineastas e entusiastas do cinema que apreciam seu desafio às convenções sociais e artísticas.
"Cidadão Kane" (1941) - Orson Welles
"Cidadão Kane", dirigido e estrelado por Orson Welles em 1941, é amplamente reconhecido como uma obra-prima cinematográfica, marcando um ponto de virada na história do cinema com suas técnicas narrativas e cinematográficas inovadoras. O filme narra a ascensão e queda de Charles Foster Kane, um magnata da imprensa cuja vida é contada através de flashbacks após sua morte misteriosa, com a palavra "Rosebud" deixando um enigma duradouro. Inspirado parcialmente na vida do magnata da mídia William Randolph Hearst, "Cidadão Kane" desafiou as convenções narrativas da época com sua estrutura não linear e uso extensivo de profundidade de campo, uma técnica que permite manter o foco tanto no primeiro plano quanto no fundo, criando composições visuais ricas e simbólicas. Apesar de ter enfrentado controvérsias e até vaias no Oscar, o legado de "Cidadão Kane" persiste, sendo frequentemente citado como o melhor filme de todos os tempos por sua inovação estilística e relevância temática que continua a ressoar com o público e críticos até hoje.
"A Clockwork Orange" (1971) - Stanley Kubrick
"A Clockwork Orange", dirigido por Stanley Kubrick e lançado em 1971, é um filme que explora temas de violência e livre arbítrio. A história segue Alex DeLarge, líder de uma gangue juvenil em uma Grã-Bretanha distópica, que é capturado e submetido a uma técnica experimental de aversão à violência chamada Técnica Ludovico. O filme é notável por suas imagens perturbadoras e sua crítica à psiquiatria, delinquência juvenil e outros aspectos sociais e políticos. Curiosamente, a linguagem usada por Alex e sua gangue, chamada Nadsat, é uma mistura inventiva de inglês com gírias russas. "A Clockwork Orange" provocou controvérsias devido às suas cenas de violência gráfica e foi retirado dos cinemas britânicos a pedido de Kubrick, além de ter sido banido em vários outros países. Apesar disso, o filme passou por uma reavaliação crítica ao longo dos anos e hoje é considerado um clássico cult.
"Blade Runner" (1982) - Ridley Scott
"Blade Runner", dirigido por Ridley Scott e lançado em 1982, é um marco do cinema de ficção científica. A história se passa em uma distópica Los Angeles de 2019, onde replicantes, androides indistinguíveis dos humanos, são criados para servir em colônias espaciais. Quando um grupo de replicantes avançados foge para a Terra, o ex-policial Rick Deckard é recrutado para 'aposentá-los'. O filme é conhecido por sua atmosfera sombria e questionamentos filosóficos sobre a natureza da humanidade e da realidade. Curiosamente, apesar de ter sido um fracasso de bilheteria inicialmente, "Blade Runner" ganhou status de cult e influenciou profundamente o gênero cyberpunk e a cultura pop. Detalhes como o design de produção visionário e a trilha sonora sintetizada de Vangelis contribuem para a experiência única do filme. Além disso, a adaptação do romance "Do Androids Dream of Electric Sheep?" de Philip K. Dick, embora livre, adiciona uma camada de complexidade narrativa, explorando temas de identidade e consciência. A obra gerou debates sobre a natureza dos replicantes e o que significa ser 'real', temas que permanecem relevantes até hoje.
"O Sétimo Selo" (1957) - Ingmar Bergman
"O Sétimo Selo" é um filme icônico do aclamado diretor sueco Ingmar Bergman, lançado em 1957. A narrativa se desenrola durante a Idade Média na Europa, em meio ao terror da Peste Negra. O protagonista, Antonius Block, um cavaleiro que retorna das Cruzadas, é confrontado pela Morte e desafia-a para uma partida de xadrez, buscando respostas sobre a vida, a fé e a mortalidade. Este filme é notável por sua abordagem filosófica profunda, explorando temas existenciais e a busca humana por significado em tempos de crise. A estética visual, a simbologia e a atuação magistral contribuem para a reputação duradoura de "O Sétimo Selo" como uma obra-prima do cinema mundial. Curiosamente, o título refere-se ao Apocalipse bíblico, onde a abertura do sétimo selo anuncia o fim dos tempos, um paralelo ao clima apocalíptico que permeia o filme. A obra de Bergman não apenas reflete as inquietações de sua época, mas continua a ressoar com o público contemporâneo, mantendo-se relevante em sua exploração do humano diante do inescapável destino.
"Donnie Darko" (2001) - Richard Kelly
"Donnie Darko" é um filme de ficção científica psicológica americano de 2001, escrito e dirigido por Richard Kelly. O filme é ambientado em outubro de 1988 e segue a história de Donnie Darko, um adolescente problemático que escapa de um acidente bizarro ao sonambular. Ele tem visões de Frank, uma figura misteriosa em uma fantasia de coelho, que informa que o mundo acabará em 28 dias, 6 horas, 42 minutos e 12 segundos. O desenvolvimento do filme começou no final de 1997, quando Kelly, recém-formado em cinema, começou a escrever roteiros. A produção foi realizada com um orçamento de $4,5 milhões e a filmagem durou 28 dias no verão de 2000, principalmente na Califórnia. A trilha sonora apresenta uma versão da música "Mad World" de Tears for Fears, interpretada pelos músicos americanos Gary Jules e Michael Andrews, que alcançou o primeiro lugar na UK Singles Chart por três semanas. Apesar de um lançamento limitado nos cinemas e de um desempenho inicial modesto nas bilheterias, "Donnie Darko" ganhou um culto de seguidores e, após relançamentos, arrecadou $7,5 milhões em todo o mundo e mais de $10 milhões em vendas de vídeos domésticos nos EUA. O filme foi listado como o número 2 nos "50 Maiores Filmes Independentes de Todos os Tempos" da Empire e número 53 nos "500 Maiores Filmes de Todos os Tempos" da mesma revista. Uma versão do diretor foi lançada em 2004 e uma sequência, "S. Darko", seguiu em 2009 sem o envolvimento de Kelly.
"O Gabinete do Dr. Caligari" (1920) - Robert Wiene
"O Gabinete do Dr. Caligari" é um marco do cinema expressionista alemão, dirigido por Robert Wiene e lançado em 1920. A narrativa gira em torno do Dr. Caligari e seu sonâmbulo Cesare, que o doutor utiliza para cometer assassinatos. O filme é notável por sua estética visual distinta, com cenários tortuosos e sombrios que refletem a mente perturbada dos personagens. Curiosamente, o filme foi inicialmente oferecido ao diretor Fritz Lang, mas acabou nas mãos de Wiene, que criou uma obra-prima que influenciaria o cinema de horror e suspense por décadas. A técnica de narrativa do filme, que utiliza uma história dentro de outra história, foi uma das primeiras do seu tipo e contribuiu para o debate sobre a confiabilidade do narrador no cinema. Além disso, o visual estilizado do filme inspirou não apenas outros filmes, mas também a arte, a arquitetura e o teatro, consolidando "O Gabinete do Dr. Caligari" como uma referência estética importante até hoje.
"Mulholland Drive" (2001) - David Lynch
"Mulholland Drive", lançado em 2001, é um filme que desafia as convenções narrativas e mergulha o espectador em um mundo de sonhos e realidades alternativas. Dirigido por David Lynch, o filme segue a história de uma aspirante a atriz chamada Betty Elms, interpretada por Naomi Watts, que chega a Los Angeles e se envolve com uma mulher amnésica, resultante de um acidente de carro, interpretada por Laura Harring. A produção é conhecida por seu estilo surrealista e pela recusa de Lynch em explicar sua narrativa, deixando interpretações abertas ao público. O filme foi inicialmente concebido como um piloto de televisão, mas após ser rejeitado pelos executivos, Lynch o transformou em um longa-metragem, adicionando um final ao projeto. "Mulholland Drive" não só impulsionou a carreira de Naomi Watts em Hollywood, mas também foi o último filme da veterana atriz Ann Miller. Curiosamente, o filme inclui uma nota de Lynch aos projetistas de cinema, instruindo-os a não centralizar a imagem verticalmente, mas permitir mais visibilidade na parte superior da tela, devido à sua concepção original para a TV com uma proporção de aspecto de 1.78:1. Além disso, Lynch pediu que o volume do sistema de som dos cinemas fosse aumentado em três decibéis durante a exibição do filme.
"Akira" (1988) - Katsuhiro Otomo
"Akira", lançado em 1988 e dirigido por Katsuhiro Otomo, é um marco do cinema de animação japonês e um dos filmes mais influentes do gênero cyberpunk. Baseado no mangá de mesmo nome, também de Otomo, o filme apresenta uma Tóquio distópica renomeada como Neo-Tóquio, após ser reconstruída seguindo sua destruição na Terceira Guerra Mundial. A narrativa segue Shōtarō Kaneda, líder de uma gangue de motociclistas, cujo amigo de infância, Tetsuo Shima, adquire habilidades telecinéticas após um acidente de moto, desencadeando eventos que ameaçam um complexo militar e provocam caos e rebelião. O filme é notável por seu estilo visual impressionante e sua trilha sonora, que incorpora elementos da música gamelan indonésia e do teatro noh japonês. "Akira" não só ganhou um culto internacional, mas também pavimentou o caminho para a popularização do anime e da cultura pop japonesa no Ocidente, influenciando uma vasta gama de obras em várias mídias.
"Memento" (2000) - Christopher Nolan
"Memento", lançado em 2000, é um thriller psicológico neo-noir dirigido e escrito por Christopher Nolan. O filme é notável por sua estrutura narrativa não linear, que imita a condição de amnésia anterógrada do protagonista, impedindo-o de formar novas memórias. A história é baseada em um argumento de Jonathan Nolan, que mais tarde escreveu a história "Memento Mori" com base no conceito. Curiosamente, uma das peculiaridades do filme é que o DVD de edição limitada permite que o filme seja assistido na ordem cronológica exata dos eventos. Além disso, muitas das falas únicas do personagem Leonard foram improvisadas pelo ator Guy Pearce, e uma linha específica de Teddy foi dublada pelo próprio Christopher Nolan, imitando a voz de Joe Pantoliano. "Memento" é frequentemente elogiado por sua abordagem inovadora da narrativa e é considerado um marco no cinema independente, além de ter sido indicado a dois Oscars.
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